segunda-feira, 2 de março de 2009

Atenção, mudamos para http://paodequeijocomacai.wordpress.com/
Vai lá!!

sábado, 28 de fevereiro de 2009

04/02/2009 - Terça: Bogotá/Zipaquira

Apesar da cachaça da noite anterior, o dia até que começou bem, com uma dor de cabeça, mas bem de leve. Nosso plano inicial era tomar café da manhã no mercado de Paloquemao, mas quando acordamos obviamente o Filipo já tinha preparado o seu já tradicional suco de laranja com ovos mexidos, que fomos 'obrigados' a comer.
Adendo para explicar quem são Maurício e Filipo. Maurício é um membro do CouchSurfing de Bogotá, que eu contatei antes de sairmos do Brasil, indicação de Tarso, outro couchsurfer (este de São Paulo) que já tinha ficado na sua casa. Maurício na realidade é da região de Medellin, mas mora em Bogotá há muitos anos e conhece a cidade de cabo a rabo. Filipo, aliás José, é um filipino (daí o apelido) que mora há muitos anos nos EUA e agora, aposentado, viaja por aí buscando almoços baratos e lugares pra correr: ele é maratonista, corre todo ano a maratona de New York.Maurício foi um anfitrião perfeito, quando chegamos, no domingo, ele tinha acabado de voltar de Medellin, ou seja, tinha dirigido umas sete horas, mas ainda assim fez questão de nos levar num tour nortuno pela cidade. O Filipo é uma peça rara, sempre meio alheio a realidade mas muito bem humorado e carinhoso. Ele foi meio que adotado pela Má, que se divertiu horrores em sua companhia.
Mas, voltando ao mercado de Paloquemao, foi meio decepcionante, para que conhece os mercados municipais de SP ou BH, este aqui deixa muito a desejar. Valeu para conhecer algumas frutas novas, e pouco mais.
Depois do almoço fomos para Zipaquira, que é uma cidadezinha ao norte de Bogotá. Para chegar na estação rodoviária nos utilizamos do Transmilenio, que é um sistema de ônibus baseado no que existe em Curitiba, só que muito melhorado: você paga a passagem ao entrar nas estações espalhadas pela cidade. Então, quando o ônibus chega, o embarque/desembarque é muito mais rápido. Mas a principal diferença é que esse sistema tem vias dedicadas, ou seja, algumas pistas das avenidas principais são exclusivas para ele, fazendo com que os ônibus andem muito mais rápido que no trânsito comum.
Na verdade, todo o trabalho de engenharia de tráfego em Bogotá é notável. Além do Transmilenio, eles tem um rodízio de placas semelhante ao de SP, só que aqui cada carro é obrigado a ficar em casa não um, mas dois dias da semana, e uma vez por ano eles tem o 'Dia sin carros', no qual todos os carros particulares são proibidos de circular. Nesse ano, foi o 05/02, ou seja, exatamente um dia depois de sairmos de Bogotá. Uma pena, gostaria muito de ter participado desse momento, mas, de qualquer maneira, dá pra ver que todo esse esforço dá resultado. Não que não exista trânsito em Bogotá, mas numa cidade com 8 milhões de habitantes, em nenhum momento ficamos presos em engarrafamentos ou coisas assim. Um exemplo para muitas cidades brasileiras, com certeza.
Mas estou tergiversando... Como disse, fomos a Zipaquira. O que há lá? A Catedral de Sal. A história é mais ou menos assim: em Zipa há uma enorme mina de sal. Os mineiros fizeram um altar para sua padroeira pedindo proteção. Com o tempo, esse altar virou uma igreja, mas, como nos explicaram depois, o sal tem um arquinimigo: a água. Infiltrações na minha eventualmente fizeram parte da igreja desabar. Bom, os zipaquerenos não são brasileiros, mas tampouco desistem facilmente. Logo botaram de pé (modo de dizer - toda a construção é subterrânea) uma nova catedral, muito maior e mais bonita. Isso faz mais de vinte anos. Desde então, a Catedral de Sal de Zipaquira é uma das maiores atrações arquitetônicas da Colômbia.
A Catedral está localizada num complexo maior, o Parque do Sal, que engloba o Museu do Mineiro (que não visitamos), praças, restaurantes, cafés, etc, e um mirante com uma bela vista da cidade. A estrutura toda é muito bem montada, com bastante informação, guias bilíngues e tudo mais.
Ao entrar na Catedral somos levados por um túnel cortado na pedra e lentamente levados mais e mais fundo (a profundidade total é de 180 metros debaixo da terra). Ao longo do caminho, 14 estações lembram a via crucis de Cristo. Na verdade não existem as figuras tradicionais, pois como nos explicou nossa guia, a rocha de sal não tem estabilidade suficiente para serem esculpidas estátuas e coisas assim. Portanto, as estações são apenas elocubrações em cima de cruzes e oratórios e se aproveitam muito de uma iluminação especial.







Por fim, no ponto mais baixo, há a nave principal da Catedral, com um altar e uma cruz gigante, como deve ser. Ao que parece, a missa dos domingos lá é concorridíssima, com mais de cinco mil participantes regulares. Eles também realizam cerimônias de casamento e batizado pela bagatela de 14.000.000 de pesos colombianos (como 14.000 reais).








Ah sim!, e se der vontade de tomar aquele cafezinho colombiano, não esquenta, dentro da Catedral tem uma cafeteria recém-inaugurada. E outro aviso: aqui para eles, um tinto não é um vinho, mas sim um cafezinho como os que tomamos em qualquer botequim do Brasil.


(Cafeteria dentro da Catedral de Sal)



Fora a Catedral, Zipaquira não tem muito a oferecer. Uma praça central bonitinha, onde fizemos um lanche, e depois é pegar o ônibus de volta à Bogotá.


(Cafeteria de Zipa com vista para praça central)


Como essa era nossa última noite na cidade, resolvemos fazer um jantar de despedida para Maurício e Felipo. Passamos no supermercado, compramos os ingredientes e preparei uma galinha com champignons ao leite de coco. Todos gostaram bastante, menos a Má, pra quem o teor 'picante' do prato foi demasiado. E de sobremesa, para dar aquele toque de brasilidade, brigadeiro!
Depois, Maurício nos levou na rodoviária, que na verdade fica bem perto de sua casa. Entramos no ônibus a meia-noite, para 5 horas de viagem a San Gil.
Adeus Bogotá!

03/02/2009 - Terça: Bogotá

Pela manhã, fomos a Monserrate, que é uns dos lugares mais altos de onde se pode ver quase toda a cidade. Subimos pelo funicular, e visitamos a igreja de velas que se acendem com moedas, e comemos balas de semente de café cobertas com chocolate.
(Subida pelo funicular)

(Igreja em Monserrate)

(Parque junto a igreja)

(Vista de Monserrate)

(Pedro fazendo pose de gostosão)

Como hoje estávamos sem nosso guia Maurício, pela tarde nos perdemos pelas ruas da Candelária. É estranho alguém se perder em Bogotá, já que todas as ruas são numeradas: numa direção, temos as calles, que vão de 1 a x, e no outro as carreras, que também seguem uma ordenamento lógico. Assim, a calle 10 vem depois da 9, e a carrera 45, depois da 44. Nos encontramos com o Centro Cultural Garcia Marquez, que não teve muita coisa de interessante além do prédio bonito.
O Museo del Oro, esse sim, é muito interessante e vale a visita. É o maior museu da cidade, e agrega um acervo enorme de artesanato em ouro produzido pelos vários povos que habitavam ao país antes da chegada dos espanhóis. Além disso, seções explicam as diversas técnicas de produção que esses povos usavam na confecção de seu artesanato. Pudemos ver as peças que os À noite, finalmente, salsa e merengue. Dançamos em companhia de Maurícia e sua amiga até Pedro ficar borracho com aguardiente (espécie de cachaça local misturada com anis).
(Artesanato indígena em ouro)

(Marina dourada)

(Enfeites que os índios usavam)

(Tudo isso na parede são ornamentos de ouro)

(Mais enfeites indígenas)

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

02/02/2009 - Segunda: Bogotá

Passeio pela manhã com Maurício e Felipo por uma das milhares de bibliotecas da cidade e depois, Jardim Botânico.


Basicamente, Bogotá é composta de universidades, igrejas e museus/bibliotecas/casas de cultura. O clima é bem friozinho, mas suportável. Ótimo para um cafezinho...
De tarde, Candelária. É o bairro mais típico, super charmoso com suas casas coloridas, ruas estreitas, bem bonito.


(Filipo, Maurício, Marina e Pedro nas ruas estreitas da Candelária)



(Filipo, cheio de graça)



Depois, Museo de Botero. Fernando Botero é um artista colombiano conhecido por suas pinturas e esculturas de personagens corpulentos. Suas figuras são gordas e têm a boca fechada. Mas, apesar do excesso de volume, as mulheres têm tudo em cima. Nenhuma celulite, estria ou qualquer coisa. Pezinhos em saltos e unhas pintadas de vermelho. Até o pintor se espanta!




As esculturas, porém, roubaram a cena.





Uma em especial. O pássaro e a mulher. Não sei se é esse o nome. Parece coisa de lenda. A mulher que se transforma em águia durante o dia e o homem que se transforma em ganso durante a noite. Eles se amam mas nunca se encontram como homem e mulher. O encontro possível é de bicho e gente. Mas que gente que não é bicho e que bicho que não é gente? O castigo é longo, notem a intimidade. Ele toca os seios dela. Se encaixa nos espaços de suas pernas. E... um beijo.




Depois de quase ou mais de 10 horas de caminhada pela cidade, casa do Maurício e descanso.

01/02/2009 - Domingo: Rio-Bogotá

Saímos do Rio de Janeiro com destino à Bogotá, pit-stop no aeroporto de Panamá, por volta das duas da tarde. Depois de quase dez horas de voo, chegamos na casa do Maurício que já nos levou para uma volta da cidade. Em Bogotá, descontando os fusos (3 horas a menos), já passavam das 10 da noite e a cidade estava praticamente vazia.
Fomos a um ponto bem alto que nos permitiu uma vista panorâmica da cidade. Bogotá nos pareceu muito tranquila e segura...
pouquíssimos prédios...
Eventualmente, um dos quatrocentos e noventa e oito policiais espelhados pela cidade nos parou pedindo os passaportes que, é lógico, havíamos esquecido em casa. Mas nos deixou seguir viagem sem nenhum problema.
Depois, um bom sono pra descansar...
NOSOTROS por aí começa sua edição com nossa viagem de Lua-de-mel. Nada mais propício para um blog feito a dois...
Então, vamos nós.